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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO Daniela Martins Assessoria de Imprensa Sintect-GO -

Nós, trabalhadores dos Correios de Goiás, esclarecemos à população goiana sobre as razões que nos levaram a iniciar uma greve na nesta quarta-feira, 16 de setembro. Antes de cruzar os braços tentamos – por várias vezes e em vão – negociar um acordo salarial justo junto à direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), evitando assim a paralisação.

Nosso sentimento é de pesar pela população, que ficará sem os serviços oferecidos pelos Correios nestes dias de greve. No entanto, nossos trabalhadores há tempos vêm sendo submetidos a sobrecargas de trabalho, à insegurança durante o desempenho de suas funções, à falta de condições mínimas para a realização de suas atividades e ainda convivem com a discrepância salarial praticada pela ECT, onde a grande maioria dos trabalhadores (87%) recebe um salário vergonhoso de R$ 648,00 – e vive sob a pressão dos chefes que só querem rendimento –, enquanto uma minoria detém altos e vultosos rendimentos de R$ 20 mil.

A ECT foi uma das empresas que mais lucrou nos últimos quatro anos. Somente em 2008 o faturamento foi de R$ 800 milhões e hoje o lucro operacional dos Correios já está em R$ 1 bilhão. A divisão desse bolo é totalmente desigual: 87% dos trabalhadores ganham, em média, R$ 500 e 13% embolsam até 40 mil. Quem recebe o piso ainda viu seu salário ser desvalorizado em 40% desde 1994.

Sempre lutamos por uma Empresa pública e de qualidade. Recentemente fomos às ruas defender o monopólio postal e saímos vitoriosos. Nunca nos esquivamos de nossas responsabilidades tanto no dia-a-dia de trabalho quanto nos movimentos em benefício dos Correios. Agora estamos unidos e mobilizados pela conquista da valorização do trabalhador, que é o principal responsável pela lucratividade dos Correios.

População goiana, neste momento não há alternativa para nós trabalhadores conquistarmos nossos direitos senão a greve. Pedimos compreensão, pois lutamos contra a injustiça e queremos a sociedade ao nosso lado. Exigimos uma reposição salarial justa, a melhoria das condições de trabalho e a abertura de concurso público com contratação imediata.

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