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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

CARTA ABERTA PARA JOÃO MARIA – UM LUTADOR DO POVO



“Nestes últimos vinte anos nada de novo há no rugir das tempestades. Não estamos alegres, é certo, mas também por que razão haveríamos de ficar tristes? O mar da história é agitado. As ameaças e as guerras havemos de atravessá-las, rompê-las ao meio, cortando-as como uma quilha corta as ondas”.
Wladimir Maiakovski

Caro João Maria, a eleição acabou! Mas, veja bem... A ELEIÇÃO, instante menor de um processo maior e mais complexo acaba porque a POLÍTICA não acabará nunca. Sobretudo, a nossa POLÍTICA e que não chegará a termo porque continuaremos a fazê-la na escola, na universidade, no bairro, no partido, nos escritos e nas publicações. 



Seguiremos fazendo-a e refazendo-a na VIDA COTIDIANA porque a POLÍTICA, a política como promoção do OUTRO e com o OUTRO e que, de forma inovadora, propomos, não acaba porque, simplesmente, os bons sonhos não acabam nunca. Como nos canta Milton Nascimento: “Os sonhos não envelhecem!”. Boas ideias não morrem jamais. E, esteja certo, nós somos os grandes vencedores desse processo porque aprendemos muito, fizemos amigos, resgatamos a coragem perdida pelo empreendimento do medo e que fora tão bem enredado pelo mandarinato de nossa cidade. João, SOMOS OS VENCEDORES! E não ouse pensar diferente. Vencemos! 





Sabíamos bem dos nossos adversários e dos seus aliados, dos seus ardis, dos expedientes nem sempre dignos e respeitosos, quais sejam, a alienação social, a ausência de uma formação política para a cidadania da província, a falta de autonomia de nossa boa gente e ele, sempre ele, o medo, a arma sutil e eficaz tão bem usada pelo atual prefeito da cidade e que o usou por intermináveis oito anos, tornando-o um exercício cotidiano e elevando-o, enfim, à condição de cultura política local.



São eles, os poderosos e que amam as benesses que o poder público pode lhes conferir os grandes tributários dessa lógica política evidentemente perversa. É uma estranha gente que vive em bandos, em poleiros e trancafiados em seus mundos de mediocridades múltiplas, preconceitos diversos e indiferenças eternas e etéreas. Uma caterva de gente autocrática, centralizadora, cercada e formada por bajuladores, especuladores e mais uma penca de gente que vive do rentismo e da improdutividade. 



Nossa gente? Vamos comparar? Porque é bem fácil de descobrir... São intelectuais sérios, professores militantes, jovens com o vigor de sonhos quentes e que embalam firme nossas lutas e jornadas. São os bons velhos e que lutaram no tempo do frio aço da ditadura militar, camponeses que, em seu anonimato, identificaram em você, em vossa fala, alguma esperança para a proteção e manutenção do já bastante reduzido cerrado de nossa Itumbiara de ódios e amores. São trabalhadores do campo e da cidade, gente decente e digna e que vale a pena ver, viver, conviver e aprender. Seus votos, meu irmão, vieram de homens e mulheres livres e corajosos. Seu voto é voto de qualidade, de liberdade, revolta e mudança. Representam uma qualidade perdida, são sentimentos puros, sonhos provocantes e ousados. Orgulhe-se disso.



Vencemos, e de novo, vencemos porque soubemos mirar no medo e dissemos NÃO! E centenas e centenas de bons cidadãos e cidadãs nos entenderam, compreenderam nosso sentimento, nossas aspirações e identificaram em nós, sobretudo, em você, um LÍDER que possui todas as condições para a construção e condução de um projeto de esquerda, libertário e socializante para a vida social de Itumbiara. 



Não tenho dúvidas, você soube comunicar essa esperança. Nos debates você foi com beleza, inteligência e carisma, notoriamente superior, pela clareza, lucidez e capacidade de instigar nossa gente para o sonho e que, felizmente, já está em curso. Que grande contribuição você deu para a nossa democracia local, amigo João. Quantos débitos temos, todos nós, com você que nos ensinou que é preciso enfrentar e dizer o que não foi dito, comunicar o que ficou em silêncio, revelar o que foi lançado no obscuro das consciências. 



Quanto a mim, sinto-me profundamente feliz e honrado em tê-lo seguido, em ter aprendido tanto com você, com os seus falares, com a sua ousadia e com a sua rara inteligência de emoções, poesias e futuros.
Lembremo-nos, caro João... A vida é generosa e a luta apenas começa... Já nos encontramos! Hasta

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