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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

NOTA DE REPÚDIO DA UGOPOCI E SINPOL

Nota de repúdio para a Autoridade que determinou o envio da Tropa de Choque para o Instituto de Criminalística.


A UGOPOCI E SINPOL, representantes dos policiais civis do Estado de Goiás, repudia a determinação da autoridade que mandou algumas dezenas policiais militares ocupar as instalações do Instituto Médico Legal e Instituto de Criminalística, por entendermos ser uma medida irresponsável. O homem público que adota ações desta monta, mais do que nunca demonstra despreparo e incompetência para gerir a pasta que lhe foi confiada.




Não estamos citando nomes porque a nota veiculada no Jornal O Popular, Coluna - Outras Notícias – do dia 27/10/2009, e também matéria veiculada no Periódico DAQUI, com o título “Policias Afastam Grevistas” ambos não fazem menção ao nome de nenhuma autoridade. Queremos crer que o Governador não tinha conhecimento da decisão unilateral arbitrária e carregada de despotismo, em vista de ser claro e evidente as conseqüências do desdobramento de tal situação.



A medida e precipitada pelo fato de que o Comando de Greve jamais disse que impediria os trabalhos naqueles Institutos ou, pretendeu qualquer ação que impossibilitasse o trabalho daqueles profissionais. Entretanto, somos companheiros, e caso as categorias que ali laboram decidirem em assembléia que irão aderir ao movimento reivindicatório dos policiais, não há dúvidas que iremos apóiá-los. Porém, o faremos com responsabilidade e respeitando os limites determinados pelas categorias profissionais que compõem seu quadro de funcionário.



Há, por outro lado, Constrangimento ilimitado imposto aos colegas da Polícia Técnico Científica, que estão trabalhando “sitiados”, encurralados, oprimidos, tal qual acontecia em vários órgãos estatais em data não muito distante. É, a nosso sentir, o ranço ditatorial que ainda vagueia na mente de certas pessoas de formação frágil e de caráter vulnerável, desprovidos de toda e qualquer crença no poder da argumentação democrática.



Pois bem, cumpre informar que de fato os policiais civis não foram aos Institutos citados, vezes que as categorias de ambos ainda não decidiram se irão participar do movimento, assim, não haveria legitimidade do nosso movimento impor restrições àqueles profissionais sem a manifestação de vontade deliberada por eles próprios. Logo, se em nenhum momento foi cogitado qualquer ação dessa natureza, entendemos que o repórter que assinou tal matéria é no mínimo mal informado, faltou ética profissional ao publicar falácia unilateral.



Na mesma esteira consignamos que o fato de alguma pseuda autoridade ter determinado ao Comandante do Batalhão de Choque que ocupasse as instalações dos Institutos, embora seja uma medida extremada e equivocada, não causa medo, mas sim indignação e revolta no ceio dos policiais civis. Queremos deixar claro que temos respeito pelo trabalho da Policia Militar o que é diferente de sentir medo. Portanto, não é a truculência dos incompetentes que de afogadilho determinam ações que podem gerar conseqüências irreparáveis que irá estancar o movimento, mas, sobretudo, é o regaste por parte do Estado dos compromissos Constitucionais e Legais que foram assumidos e não cumpridos que irá determinar os rumos da mobilização.



Conhecemos essa história, já vimos acontecer em estados vizinhos, a exemplo como ocorreu em Tocantins, Distrito Federal, Minas Gerais e também no Estado de São Paulo. De modo que quem deu a ordem para o Coronel Márcio Queiroz demonstrou total incapacidade de estar à frente de qualquer Instituição. Uma decisão como essa pode levar os policiais a um confronto sangrento. Assim, sabendo que o movimento que começou ordeiro e pacífico (desejamos que continue) pode tomar outros rumos em decorrência de medida unilateral e desprovida de qualquer senso de responsabilidade por parte do Governo, queremos que a autoridade referida na matéria jornalística tenha um nome, pois será ela a responsável por incitar um confronto armado e possível derramamento de sangue entre as duas maiores corporações de segurança pública do Estado de Goiás, o que é lamentável, visto que essa autoridade tem a obrigação legal, moral, ética e política de trabalhar sempre combatendo a violência, ao passo que a incita.



Com a palavra o Governador Alcides Rodrigues Filho. Desejamos saber se a ordem partiu dele ou de algum acéfalo que se diz representante do Governo.







COMANDO DE GREVE DA POLÍCIA CIVIL

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